sábado, 8 de outubro de 2011

Monique


Nós precisamos estar abertos para novas possibilidades, dispostos a mudar de opinião, fazer uma nova releitura, não ter verdades absolutas, porque a literatura não é baseada em teses como a filosofia e outras áreas, e sim leitura, apesar de nem tudo ser literatura, mas o gosto pela leitura pode nos levam a isso.
A literatura serve para ampliar sua visão de mundo, quando você lê algo, sua cabeça fica mais aberta para ouvir, intender, muitos escrevem sobre amor, vida, morte, loucuras, que são temas inesplicáveis, porque os seres literários as vezes são mais humanos que os seres de carne e ossos que podem pensam e se esquecem dessa dádiva.
A literatura não pode ficar apenas na leitura, que por vezes se torna massante pra que não tem o prazer de apreciar, por isso é necessário se expandir , de uma forma para que os clássicos saiam do papel, quem sabe através da arte, da dança que é uma forma visual de se fazer literatura, necessitamos sair dos extremos, e não nos prender apenas ao nosso mundinho, devemos ter coragem de ousar, sem ter o medo de arriscar.
Precisamos buscar uma forma de mecher com a sensibilidade das pessoas, atitudes que disperte o interresse, talvez os que não gostam de ler, tenham bons ouvidos, os que não se expressam falando, talvez se compreendam melhor com a escrita, os que não dançar apreciam, o objetivo é se fazer algo, para apartir daí valorizar o trabalho alheio. Primeiro tem que se dar o passo inicial, agussar os sentidos, para ler um livro inteiro é preciso antes ter lido a primeira página e feito uma escolha.
Para que algo aconteça de forma natural é preciso começar as poucos, sem obrigação e sim por espontaneidade, passo a passo, de uma forma que parta de seu interresse, onde você é a sua referência, onde está disponível para ampliar horizontes, e não querer apenas o básico e sim uma oferta maior do que foi lhe oferecido, mas sem ter pressa.
O necessário a fazer é se afastar da mesmice da rotina e se construir um hábito que inexsiste, pois tudo é questão de processo, para se produzir literaturas e preciso ter construi-do leituras, nós temos que achar a forma que nós atrai-a, buscar nossa ponte, encontrar nosso íma.
Apartir do momento que reproduzimos o que vivemos, comunicamos o que há dentro de nós, conseguimos de certa forma valorizar outras obras, pois encontramos uma forma desse conhecimento ser transmitido a nós, achamos nossa ponte, mas isso não  significa que precisamos gostar de tudo que nos é proposto e sim saber respeitar e valorizar , precisamos assimilar que não é errado e sim questão de gostos e que nem tudo vai nos atrair, mas é necessário que sejamos flexíveis para conhecer idéias e novas propostas.
Mas o essencial disso tudo é que nós sejamos sujeito de nossa ação, é importante ter a motivação para poder agir, como diz aquela frase, somos nós os responsáveis por aquilo que cativamos, por isso se queremos que alguém faça, precisamos antes ser a semente da plantação, o exemplo, o começo, antes de cobrar precisamos fazer.
Nós precisamos refletir em que degrau estamos, para poder subir a escada e não ficarmos parado na estação, queremos seguir viagem mais de uma forma prazerosa, estimulando nossa mente para que nem de longe pareça obrigação, sendo nós os atores de nossa peça, atuando para que seja verdade e aconteça o que esperamos onde nós fazemos parte dessa história, viajando não com os pés e sim com a cabeça, voando para cima, ao longe, não devemos estar presos e fixos em determinados lugar , é necessário conhecer espaços distintos e nós degustarmos pelo desconhecido, saber que não existe apenas uma solução e sim vários canais, outras estações, outros clássicos, quem sabe uma leitura moderna, recente, não se precisa gostar, mas por que não compreender, ler.
Talvez hoje em dia o problema é banalizarmos demais muitas coisas, só porque não gostamos de tal opinião não quer dizer que ela é errada , se não gostamos de tal ritmo não quer dizer que seja ruim, e sim é apenas oposto ao nosso gosto, controverso, nem todos precisam concordar com todos, gostar e apreciar tudo, mas é necessário respeitar ao menos.
Temos o total direito de mudar de opinião, somos nossa melhor tecnológia e para recarregar o cartucho quem sabe uma nova leitura, novos ares, sem a revolta e a angústia de fazer algo por obrigação, pois perdirá toda a emoção do prazer e não será a mesma viagem.
Nós temos a capacidade de falar sobre aquilo que conheçemos, quando vemos os dois lados, sabemos o sim e o não, sem nós revoltarmos, a capacidade de opinar aconteçe na medida em que você possuí o conhecimento e isso irá acontecer se motiva-lo, não vale conceitos e sim ações, práticas, podemos argumentar aquilo apartir do momento que possuímos uma base, um porque.
Precisamos de prática para encontrar soluções, quando erramos estamos descando uma solução errada, então a probabilidade de acertar se torna maior, conhecer é a idéia para poder produzir.
Resumidamente para se produzir literatura é preciso leitura, mas isso acontece de diversas formas e não apenas lendo, quem sabe por outros sentidos, e pra isso é necessário uma pitada de conhecimento, e para que isso aconteça precisamos acordar e não ficarmos anestesiados ao de sempre, necessitamos nos libertar dos extremos, cada um tem sua receita basta apenas descobri-la e trasforma-la em ação, em presença, ninguém disse que é fácil e a receita não vem pronta,e pra sobreviver na estrada é preciso coragem para construir, não esquecendo de que para fazer parte da história é preciso esforço e dedicação para enfim ser um clássico.

Monique Stefani

(Baseado em uma oficina de literatura da qual participei e que me trouxe novos conceitos)

Monique é multiplicadora do Plugado e tem o seu blog: Palavras de Monique


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